Inove ou Morra, por Gustavo Caetano

Inove ou Morra tentando

Nos últimos anos vimos surgir milhares de startups com grandes ideias que podem revolucionar grandes mercados, derrubando o domínio de algumas empresas tradicionais. No nosso cenário atual, a facilidade de se obter informações permitiu que pessoas em diferentes lugares do mundo pudessem criar negócios disruptivos, com um baixo investimento inicial.

O consumidor está muito mais disposto a experimentar novidades, por isso não são necessários milhões de reais em anúncios de TV para que o produto chegue em milhares de pessoas, muitas vezes ao redor do mundo. Um bom exemplo disso é o Whatsapp e o Instagram, considerados grandes canais de divulgação, que já estão sendo utilizados por muitas empresas como ferramentas para disseminar seus produtos atingindo o público conectado sem precisar gastar nada em publicidade.

As pessoas mudaram seus hábitos e estão cada vez mais conectadas com uma imensidão de opções para escolher. Esse movimento tem favorecido muito o surgimento de competidores até então invisíveis, como o Google, que passará a competir diretamente com a Fiat e outras montadoras. Outro exemplo, é o Airbnb, que já vale mais que a maior rede de hotéis do planeta, o Hilton.

Mas a grande questão é: por que as startups conseguem se antever às mudanças e tendências com mais facilidade que as empresas tradicionais? A primeira coisa que percebi é que esses empreendedores focam em nichos de mercado e tentam resolver um problema muito específico. Aqui na Samba, por exemplo, usamos a estratégia de Pinos de Boliche, que nada mais é que focar em um pino (mercado) de cada vez e tentar dominá-lo até que esse pino caia e derrube os outros. É uma analogia, claro. O foco é ir em grandes players, geralmente no maior, e conquistar os outros com excelência em atendimento e estratégia de negócios.

Os empreendedores de startups também têm um grande propósito de inovar, que pode ser resumido em melhorar a vida de alguém, arrumar algo que não funciona e dar escala para algum produto ou serviço. Além disso, esses empreendedores tentam de alguma forma planejar menos e fazer mais. Existe uma regra do exército canadense, que eu particularmente gosto bastante, que diz que “se houver disparidade entre o mapa e o terreno, fique sempre com o terreno”. Isso, no mundo das startups, quer dizer que o empreendedor precisa ter flexibilidade para identificar mudanças de cenário e alterar rápido os rumos da empresa.

Procuro sempre dizer que para acompanhar as rápidas mudanças do mundo, as empresas devem testar seu produto no mercado e falhar o quanto antes, se for o caso. Toda essa experiência serve para validar suas ideias na prática e melhorar o produto sem gastar muito.

Para finalizar, deixo aqui uma dica muito importante: aproveite o poder das redes. Crie seu próprio ecossistema e terceirize aquilo que não é a sua especialidade. Use os próprios clientes como fonte de inspiração, pois são eles que testam e validam cada ideia sua, colhendo feedbacks que podem ser replicados depois para outros clientes. Portanto, não tenha medo de inovar e lance suas ideias no mercado, seja em uma grande empresa ou em uma startup.

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