Seu público adora conteúdo “mastigado”

Seu público adora conteúdo “mastigado”

Ser humano que consegue focar quando está navegando na internet é quase um extraterrestre. Começamos a ler sobre um assunto e rapidamente nos perdemos. A internet é uma avenida interestelar – para não fugir do tema dos ETs – na qual facilmente desviamos o foco. Por isso entregar informações destrinchadas, contextualizadas, facilmente assimiláveis, conta muitos pontos ao se relacionar com seu público online.

O nome chique desse trabalho de oferecer informações “mastigadas” ao internauta é curadoria de conteúdo. Significa que você irá pegar conteúdos de outros blogs, sites, agências de notícias, páginas no Facebook e perfis no Twitter, por exemplo, para dar um novo sentido a eles. Você irá fazer a adaptação da linguagem – conforme sua marca e os interesses dos seus leitores – ou irá juntar vários conteúdos sobre o mesmo assunto apresentando um novo ponto de vista ou novas referências.

Na prática seria aquela pessoa que trabalha com moda e que encontra uma entrevista sensacional com um estilista publicada num site. Ela compartilha o conteúdo no próprio blog, mas incluindo comentários pessoais ou outros links que ampliam o olhar do leitor sobre aquele assunto. Quem consumir o que foi publicado terá economizado tempo de pesquisar. Recebeu prontinho um novo conteúdo a partir do que foi garimpado na web. Aliás, garimpar é palavra-chave na curadoria de conteúdo: ela se constrói no ato de separar informações sem valor daquelas que valem ouro.

A atividade vem ganhando cada vez mais respeito porque, com todo mundo produzindo conteúdo vertiginosamente, fica difícil separar o que é relevante e confiável do que não é. Notícias falsas, dados distorcidos, excesso de textos sem utilidade a embaraçar os caminhos que levariam ao que realmente interessa, compõem esse caos cibernético. Por isso é tão importante apurar a veracidade do que for compartilhar. Quando evitamos que nosso público estratégico se perca nessa confusão e damos a ele um direcionamento daquilo que realmente tem importância, estamos mostrando cuidado e preocupação com o conteúdo que ele consome.

É certo que isso poderá gerar maior engajamento, além de aumentar nossa credibilidade como provedores de informação, até porque vamos entregar conteúdos de terceiros que tivemos o trabalho de lapidar para chegar à forma adequada aos nossos fãs ou seguidores. É certo também que teremos mais agilidade na interação com nosso público-alvo, já que a curadoria permite publicar com alta frequência.

Para realizar esse trabalho com maestria, é necessário conhecer a fundo o produto ou marca que desejamos divulgar, assim como o conteúdo que o público-alvo quer consumir. É o que faz um editor que trabalha num veículo jornalístico: ele seleciona, entre os fatos do dia, aqueles que possuem a “cara” das notícias que o público daquele jornal, revista, rádio ou TV gosta. Quando você compartilha na página da sua marca conteúdos que criou ou recriou a partir de terceiros, é a mesma coisa: como um editor, deverá pensar com a cabeça do seu público, entregando o resultado do que você filtrou.

É fundamental reforçar que a curadoria não é a “reprodução de cópias”. O conteúdo publicado por outra pessoa é apenas o ponto de partida para que o curador realize uma releitura daquele material. É preciso, inclusive, dar créditos aos autores. E não esquecer que se esse trabalho não for corretamente executado, seus leitores poderão ir embora. Ninguém gosta de ter a sensação de já ter visto algo em outro lugar, certo? Continue apostando na sua criatividade. Curadoria também é um ato de criar!

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