Superstorm Entrevista: João Cristofolini

Superstorm Entrevista: João Cristofolini

O nosso entrevistado de hoje é um apaixonado por aprender, compartilhar e construir novos negócios de impacto. Autor do livro “O que a escola não nos ensina”. Seja bem-vindo ao nosso time: João Cristofolini.

Você pode conhecer mais sobre o João acessando o site dele: http://joaocristofolini.com.br/

E você também pode conhecer mais sobre seu livro: http://escolanaoensina.com.br/

João, você é apaixonado por empreendedorismo, aprender e compartilhar. O que você pensa sobre criar negócios e inovar?

Não só mais uma oportunidade, como cada vez mais uma necessidade, já que estabilidade não existe mais. Criar negócios e inovar anda diretamente relacionado em minha vida. Todo negócio que desenvolvo trás algum tipo de inovação, do contrário, não faria sentido sua criação.

Inovação essa que pode ser no produto/serviço, no modelo de negócio, em um novo mercado, ou nova forma de comunicar e distribuir. Mas precisa inovar em alguma área se quiser sobreviver nos dias de hoje.

Como é a sua vida profissional e quais os desafios que você enfrenta em sua carreira?

Hoje tenho duas missões, desenvolver negócios de impacto e compartilhar com maior número possível de pessoas conhecimento e inspiração para desenvolverem o comportamento empreendedor e serem protagonistas de sua própria história. Na primeira delas, tenho negócios na área de educação, tecnologia, saúde, social e sempre em busca de novas oportunidades. O trabalho de empreender é conectar pessoas, é isso que faço. Encontro problemas e conecto as pessoas certas que podem resolve-los de forma inovadora.

No que se refere a segunda missão, tive a oportunidade de lançar um livro no início deste ano pela Editora AltaBooks, com o título “O que a escola não nos ensina”, que vem ganhando uma grande repercussão na mídia e me levando inclusive a me envolver cada vez mais com palestras e outros canais de compartilhamento.

Os desafios são os mesmos de qualquer empreendedor, resolver problemas todos os dias. Empreender é resolver problemas, o grande desafio e o que faço questão de disseminar é a importância de desenvolver sua inteligência emocional, seu comportamento e mentalidade para lidar com isso.

Seu livro “O Que a Escola Não Nos Ensina” é prático e instigante. Como surgiu a ideia em escreve-lo? Conte mais sobre a proposta do livro.

O livro foi lançado esse ano e foi fruto dos mais de 10 anos que passei empreendendo, em contato e estudando os maiores empreendedores e gurus da área de negócios e desenvolvimento pessoal.

Aos 21 anos de idade abandonei a faculdade para me dedicar aos meus negócios, não via mais sentido em seguir o caminho tradicional para a minha missão escolhida. O que não quer dizer que parei de estudar, muito pelo contrário, busquei caminhos alternativos de educação.

E essa é justamente a proposta do livro, mostrar caminhos alternativos de educação e 7 habilidades indispensáveis que precisamos desenvolver e que não aprendemos na escola. Junto a isso, mais de 30 renomados empreendedores e autores que tive a oportunidade de conhecer, aprender e desenvolver negócios, participam compartilhando um pouco de sua experiência em cada uma das habilidades.

O autodidatismo, quebra paradigmas. Fale para nós sobre esse tema.

O modelo de educação tradicional foi criado há mais de um século e até hoje não passou por reformas consideráveis. Um sistema criado na revolução industrial não pode se encaixar no mundo e momento que vivemos nos dias de hoje. O modelo de trabalho mudou, o modelo de fazer negócios mudou, a informação muda a cada dia com a tecnologia e o sistema continua o mesmo.

Por isso, cada vez mais pessoas estão entendendo que existem outros caminhos de educação, este não é o único, aprendemos a todo o momento e em todo lugar, seja sozinho, conversando, trabalhando, viajando, brincando ou jogando. Muitos destes caminhos são, não apenas mais eficientes, rápidos, práticos, como muito mais acessíveis financeiramente.

O mais importante a entender é, existem diferentes caminhos. Antes de escolher o caminho, simplesmente por que todo mundo sempre fez, reflita sobre a sua missão de vida, o que você quer fazer. Depois disso, você poderá avaliar qual caminho é necessário para cumprir a sua missão. Pode ser que a educação tradicional seja ainda indispensável, pode ser que não. No meu caso, não foi.

Além de empreendedor e escritor, você também é palestrante. Quais são os temas que você aborda em suas palestras?

Para falar a verdade, não gosto do termo palestrante, apesar de precisar utilizá-lo muitas vezes. O que eu faço é compartilhar parte do que aprendi e vivi, além de inspirar outras pessoas. Sempre gostei de fazer isso, neste ano com o lançamento do livro esse trabalho se intensificou de forma exponencial, com convites para falar nas principais mídias do país, empresas, convenções, e por incrível que pareça, nas próprias faculdades. Os principais temas são, do próprio livro “O que a escola não nos ensina”, Empreendedorismo e Inovação. Na prática não consigo separar esses temas, gosto mesmo é de quebrar paradigmas, fazer as pessoas refletirem e se questionarem, não importa em que área seja, afinal a vida é uma só, e na essência tudo se resume a pessoas e comportamentos.

Estão surgindo cada vez mais startups inovadoras como Uber, Airbnb, e de alguma maneira elas estão mudando o comportamento das pessoas. Porque devemos estar preparados para essas mudanças?

Como você comentou, elas já estão surgindo, não vão surgir no futuro apenas. Isso já é uma realidade em muitos segmentos, e será cada vez mais. Um modelo de negócios inovador como um Uber ou Airbnb, questiona totalmente antigos modelos tradicionais de negócios e empregos. Se isso ainda não afetou o mercado que você está atuando hoje, afetará muito em breve. Grandes organizações, estruturas engessadas, níveis de hierarquia, processos antigos, tudo isso não faz mais sentido em um mudo de estrutura enxuta e muito veloz. Quem não entender isso, vai ver muitos empregos e negócios tradicionais desaparecendo nos próximos anos.

Ou poderá estar promovendo a mudança, a escolha é de cada um.

Atualmente você tem projetos em diversas áreas como: educação, educação empreendedora, saúde e social. Conte sobre seus projetos e como a vida das pessoas são impactadas através deles?

Todos os negócios tem alguma base tecnológica, que me permitem ter escala e atender a maior quantidade possível de pessoas. Todos surgiram de problemas, se transformaram durante o tempo (continuam se transformando todos os dias), trazem algum tipo de inovação em seu mercado e tem um objetivo maior do que unicamente o lucro, deixar um legado para o mercado que atua. Tudo que eu falo é pratica, não tem teoria ou tese acadêmica.

Esta é uma pergunta que sempre faço aqui em nossa série de entrevistas: Marketing como despesa x Marketing como investimento. Como você enxerga isso, diante da “crise” vivida no mercado?

Como toda despesa ou dívida, existe despesa/dívida boa e ruim. A ruim é toda aquela que tira dinheiro do seu bolso e não agrega valor nenhum ao seu negócio, geralmente despesas operacionais, burocráticas, estrutura física desnecessária, estoque parado e etc. Despesa boa é aquela que traz dinheiro e vantagem para o seu negócio, o marketing (bem feito e com métrica) traz valor para o negócio. Então, despesa ruim tem que ser cortada sempre, não só na crise e despesa boa tem quer ser aumentada sempre, ainda mais na crise.

Qual a sua expectativa para o ecossistema empreendedor para os próximos anos?

O ecossistema como um todo está mudando muito desde os últimos anos, nunca se falou tanto em empreendedorismo como agora. E isso é bom.  As pessoas, e principalmente os jovens, querem fazer a diferença no mundo. Quando isso acontece, nós percebemos que as pessoas voltam a acreditar, voltam a sonhar, a se tornarem protagonistas e a fazer acontecer.

No Brasil ainda temos muito a evoluir, o que é natural e o tempo tende a mostrar isso. Principalmente no que se refere ao empreendedor, a qualificação e preparo dessa pessoa para empreender, não apenas com conhecimento técnico, mas principalmente com preparação mental e emocional para entender e estar preparado ao que é empreender de verdade.

Quando isso acontecer, poderemos ver nosso ecossistema interno não apenas copiando o que vem de fora, mas sendo protagonista no seu próprio mercado.

O que faz um projeto sair do papel e se tornar um sucesso na prática?

A própria prática, fazer, errar, corrigir, errar, corrigir, até uma hora acertar. Não existe fórmula mágica.

Hoje, cada vez mais vemos muitos jovens empreendendo. Porém, muitos também desistem no meio do caminho. O que você pode falar para esses jovens que estão inciando a sua jornada empreendedora?

Estudem histórias de empreendedores e líderes de sucesso, há mais de 2 mil anos a história é a mesma, só muda o lugar e o protagonista, não vai ser agora que mudará. Não acredite na capa de revista ou notícias que vendem a ideia de jovens empreendedores que do dia para a noite construíram startups e venderam por bilhões. Atrás de toda história sucesso, tem muita, mas muita mesmo, dificuldade, fracasso, problema, e volta por cima. Quando você entende que esse processo é natural, que você precisa em média de 10 anos de prática, erros e fracassos, para começar a entender de fato o que está fazendo e o que não deve mais fazer, você encara o fracasso como uma parte natural do processo. O sucesso inspira, mas só o fracasso de fato ensina.

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